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As dores da pandemia: A solidão

Pesquisa recente realizada pelo Instituto Ipsos sobre o tema “solidão”, coloca o Brasil em primeiro lugar no Ranking entre 28 países. 50% dos Brasileiros entrevistados (que foram 1000), disseram se sentir solitários nos últimos 6 meses.

A solidão é a ausência de companhia e em alguns momentos é desejável. Cada pessoa tem mais ou menos necessidade de momentos de solidão seja para se organizar psíquica e emocionalmente, seja para fazer algo de seu interesse. Porém, a solidão pode passar a ser um sofrimento quando sentimos que não temos a quem recorrer ou estamos sem acesso às pessoas com quem desejamos estar.

Nós brasileiros, culturalmente conversamos uns com os outros no transporte público, nas portas das escolas, na “fila do pão”. Esse contato, ainda que superficial nos conecta com a vida. As festas de fim de ano, carnaval, páscoa, em que encontramos familiares e amigos tem papel relevante no nosso bem estar e sensação de completude e pertencimento. Após um ano de pandemia, tendo notícias diárias de agravamento da situação da crise de saúde no país, podemos nos sentir desamparados e sem esperança.
Possivelmente por essas questões, 40% dos participantes da pesquisa relataram impacto negativo da pandemia em seu bem-estar mental.

Outro dado da pesquisa, mais otimista, é que 36% dos brasileiros entrevistados tem a percepção de que a solidariedade aumentou no país nos últimos seis meses. Talvez a percepção da necessidade de estar com o outro tenha aumentado em nós a possibilidade de sentir empatia e compaixão e gerado dessa forma, mais atos de generosidade.

Talvez esta seja uma forma saudável do ”jeitinho brasileiro” de enfrentar a solidão.

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